Tropego

TROPEGO

Da baila fustigante, arremessas delirante causticante o roto capenga,

por não saber da moçoila indômita arriscas o gesto impensado e trôpego

mas ,que no fundo dálma conheces o jeito insano e burlesco da megera.

Qual fera incontida luta na arena hedionda da suspeição declarada.

Porquanto, moço redimido das atitudes estultícias de berço nato.

Se não foges, padece lhe o coração açoitado e malfadado a sucumbir,

ou se enfrentas corres o risco de subsistir a mais uma derrocada luta

e não receberás medalhas e sim, grilhões indestrutíveis e eternos.

Porquanto, o carcereiro cego , surdo esquizofrênico mordaz,

que entre dentes balbucia sorridente sua alegria nefanda e insana.

Enquanto enrustido, tu te agitas sem sucesso, prendendo-te ainda mais.

Aguardando estático o opróbrio, da turba o grito lascivo cruel e agudo.

Na ruela escura indesejada o patíbulo aguarda com a lamina afiada.

O carrasco de rosto encoberto, aguarda silencioso o lasqueado

que na cela reza aos santos que antes fora relegado ao esquecimento

e se agora é ouvido , o é somente pelos Mefistófeles agrupados.

Das profundezas abissais, loucamente arremete o grito incontido

dos condenados arrolados pelas penas que não merecem perdão

Antes porém, que a guilhotina perca o fio, a multidão se disperse,

Encontrarás na megera que antes lhe condenava a mão estendida,

a mesma que lhe condenara, agora recolhida lhe pedindo guarida.

Ouve ó trôpego, tua consciência ferida e não sofras mais.

Foges de teu inferno, não burle teu destino, porquanto não é menino.

Ès velho, de avançada idade, rei sem majestade sem paz ou felicidade.

Mas, se te cobras por excelência e não tem nenhum pouco de paciência,

Lembra-te que o carrasco e a guilhotina no patíbulo ainda te esperam.

Gilmar 07/12/2008