OS BRAÇOS DE VÊNUS
 
 
 
Depois de vagar no espaço,
entre luzes e cometas,
minh’alma se assenta
sobre a crosta do planeta.
 
Percebo o desfilar
do barro ao cimento,
e dos periódicos elementos,
 
dos dias de sol
das praias sem vento,
da falta e do excesso de movimento,
de momentos
e de impedimentos.
 
Rumos guiados
pelo magnetismo,
no mar
que só não é maior
ainda...
 
Da chuva,
que parece fim,
mas é parte;
 
de Marte, de súbito,
de Júpiter e Saturno,
 
dos anéis e seus senhores,
de quartéis e ditadores
voláteis;
 
dos braços conquistadores
de Vênus,
amputada,
(sangrante)
plastificada.

 

 
 

 
 
José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 06/12/2008
Reeditado em 07/12/2008
Código do texto: T1322611
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