Ritos
Teço tranças e rasgo fios
Vejo luas e rabisco navios
Febres
Odores
calafrios
E se me calo, verbos flutuam
No parapeito do que hei de ser
Pertenço a qualquer lugar que me comporte
Minh`alma é crespa
Cultuo vendavais de toda sorte
Tensa
Suturo incertezas de um destino que rompe tardes
Arde
Atritos sobre o magma adormecido de um vulcão
Vertente
Poesia é o meu espelho oculto em erupção.
Alyne Costa, SSa, setembro de 2004