SAUDADE

Maria!... Minha saudade

anda a pé na solidão

que se espraia no desvão

da noite, sobre a cidade.

Sempre a pensar no teu ser,

além, à longa distância,

minha alma “bola”, na ânsia,

mil planos de te envolver.

E tu, querida, que fazes?

Cais num poço de incerteza,

de mim duvidas, surpresa,

com perguntas contumazes.

É que, saudoso, senhora,

eu posso abalar-te a calma:

se tu me matas a alma,

quem com saudade não chora?

Fort., 06/12/2008.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/12/2008
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