DESPERTAR!
 
Abro as asas ao vento
Liberto, no firmamento
O casulo em que estou.
 
Sou apenas a lagarta
Meio inerte, pouco intacta
Que do ovo se soltou.
 
Quero sair e não posso
Ouço a fala e endosso
A palavra que morreu.
 
Sou ninguém e não sou nada
Vida em vão, estagnada
Sou alguém – porque sou eu!