Um pequeno plágio.
Desabafo
Por quê você me pede
o que não posso fazer?
Com certeza você me perde
e eu perco você.
Como um barco perde o rumo
Como um verdadeiro amor
que sem resposta
transforma-se em dor.
O que você não pode
eu não vou te pedir
mas o que você me pede
é impossível para mim.
Então encararei a verdade
mesmo que me faça sofrer
nem que derrame meu sangue
Vou aprender a não te querer.
Todos os dias eu demonstrava
o quanto conseguia te amar
mas você se manteve longe
nunca pude te alcançar.
E mesmo assim pensava que era bom
e me embriagava em poder te olhar
e os dias passavam e se transformavam
em noites lindas para te admirar.
Mas esse sentimento que me trouxe até aqui
substituiu toda minha razão
levou-me a beira da morte, não me deixando ver que na verdade o que era, não era não.
E agora o que vejo é nada
e é uma triste visão
pois sei que em nada
se transformou nossa relação.
O fogo do meu amor ilumina
mas é por pouco tempo?
E se nesse pouco tempo ele se apaga?
Terei de viver em tormento?
Mas, se me falta essa luz
vejo que se torna
cada vez mais invisível
o que um dia foi nossa relação.
Ontem à noite
eu conheci uma guria
ela disse que era tarde
eu tinha de deixar essa busca vazia.
E vi do fim o princípio
que eu estava à beira do precipício
mais uns passos
e ali meu corpo cairia.
E fiquei ali pensando
e cheguei à conclusão
que devia abandonar essa busca
estava fadado à solidão.
Ontem à noite
eu conheci uma guria que já conhecia
uma que não desejava ver mais
nem de noite, nem de dia.
Mas ela apareceu
e disse que estava sozinha
que eu tinha de abraçá-la
assumir de vez que minha vida, era a solidão!
Este poema foi escrito em 2004. Para um amor que nunca o mereceu.