O que fizeste comigo...
Antes de ti, eu estava bem convencido
De que, por haver lutado tanto contra a dor,
Tê-la-ia vencido!
E foi num sonho que não tive
Que me penetraste;
Era uma porta que não estava aberta,
Mas mesmo assim entraste!
Sabes o que fizeste comigo?
Não te vás ainda, já te digo:
Tu és meu resgatado desassossego...
E eu que pensei haver vencido a dor,
Percebo que não era vitória, pois este novo apego
Me revela que era apenas a inércia do não-amor!