juro!
nos armarios
do meu peito
tralhas
migalhas
restadas do nada
lembrancas futeis
momentos inuteis
gavetas empoeiradas
sujas
guardam palavras
cujas feridas
mostram marcas
cruentas ainda
algumas amargas
outras benvindas
que eu as vezes
tenho vontade
de enfiar todas elas
dentro de um velho bau'
jogar tudo pela janela
do outro lado do muro
e mandar meu passado
ir tomar no cu'
juro!