juro!

nos armarios

do meu peito

tralhas

migalhas

restadas do nada

lembrancas futeis

momentos inuteis

gavetas empoeiradas

sujas

guardam palavras

cujas feridas

mostram marcas

cruentas ainda

algumas amargas

outras benvindas

que eu as vezes

tenho vontade

de enfiar todas elas

dentro de um velho bau'

jogar tudo pela janela

do outro lado do muro

e mandar meu passado

ir tomar no cu'

juro!

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 04/12/2008
Reeditado em 04/12/2008
Código do texto: T1317636