A ROSA VERMELHA

Oh flor, privilegiada,
Que ocupas um lugar de honra,
Entre os seios sem qualquer desonra,
Mantém-se ali respeitada.

Implícito há um convite real,
Para desbravar toda esta região,
Com sensualidade e abnegação,
Na busca do perfeito ideal.

Avança rápida minha imaginação,
De repente me vejo do lado de dentro,
Quando chego a me tornar o centro,
De toda esta lúdica atração.

Agora se fecha, do palco, o pano,
E tudo o que vai lá dentro ocorrer,
Emanará de uma seqüência de prazer,
Entre dois corpos profanos.

Marco Orsi