Jardins (50)
No jardim das flores de ontem, colhi outro tempo.
O rosto não justifica a fuga única, do corpo que não é puro,
Mas sua face é. Ela é. De outro “tempo de ninguém”,
No jardim da vez de “jeito algum”, nas flores do corpo em sangria.
Em uma estrada de curvas, uma casa pequena, tento registrar,
Imagens ilógicas, cheias de nostalgia, repletas de atitudes, de luzes sem nome.
No centro do jardim da meia-noite escolhi você. Aproveitei flores de um novo buque.
Bosque onde a lua toca o chão. Morada de magos, das flores químicas.
Sempre em busca da cura, segredos dos dias de romance. Perdido nos olhos.
De mãos dadas em meio à sujeira. Seguindo a direção de melhor acolhimento,
Sonhando e desejando, flores novas, velhos perfumes...
Esperando respostas, para poder perguntar.