Duas horas sem pausa.

O coração está doendo

E a alma está machucada

Eu estou aqui escrevendo

Mas a mente desconcentrada.

Eu penso de tudo um pouco

E ao mesmo tempo em nada

Cheguei a pensar que estou louco

E até em desistir da jornada.

Mas eu acredito na semente

Que ora estou semeando

Em uma cabeça adolescente

Que a sonhar vive voando.

E tudo o que a razão fala

Entra num ouvido e sai no outro

Mas quando me ouve se cala

Então porque esse desencontro.

Eu só prego o que convem

Ao seu futuro bem estar

Não tem nada indo alem

Da sagrada intenção de educar.

Conservando a mente sombria

Perante o que é só verdade

Mas eu creio que é covardia

Tentar fugir da realidade.

Sem imaginar que a juventude

Vai se escoar entre seus dedos

Quero deixar claro que eu fiz o que pude

E do desfecho eu não vou ter medos.

Sem cacife ou competencia

Me enfrentando de ombro a ombro

E sem medir a concequencia

Ou a intensidade de um escombro.

Se a lógica for a questão

É claro que eu vou partir primeiro

Mas pretendo qua a minha missão

Seja cumprida a risca e por inteiro.

A minha bronca maior

É a maldita teimosia

Se ter razão é melhor

Porque na falta dela confia?

Ser jovem não é defeito

Mas acredite a burrice cega

E sem respeitar lei ou direito

Numa causa imbecil se apega.

Bom conselho sendo desprezado

E nem ouvi-lo se quer

Não tem noção que o aprendizado

Cabe em qualquer lugar que estiver.

Falei duas horas sem pausa

Pra pelo menos uma frase ouvir

Porque jovem,rebelde sem causa

Tem como primordial insistir.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 01/12/2008
Código do texto: T1313477
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