A vida e o rio...
Costumo comparar nossa vida a um rio, que nasce de mansinho, quase imperceptível, encravado em uma encosta, brotando do chão e ao longo da jornada vai se transformando, sofrendo influencia da própria natureza, mas que com determinação incomparável pretende chegar ao oceano, seu destino final, é para isso que todos nascem, pra realizar seus sonhos, buscar seus objetivos.
O rio assim como nós, tem seus contratempos pelo caminho, por vezes tem que transpor os obstáculos, contornar a montanha, abrir fendas na rocha e saltar de penhascos como suicidas porem é nos momentos de maior risco que se tornam mais belos, pois nos proporcionam a beleza rara das cachoeiras.
Assim somos nós, por vezes calmos e profundos, em outros momentos inquietos como as fortes corredeiras, também temos nossos obstáculos, contornamos as montanhas impostas pelo caminho e por que não dizer que às vezes nos vemos à beira dos penhascos da vida.
O que nos diferencia, é que sabemos à hora exata de parar, de não despencarmos em precipícios, de saber como agirmos nas horas difíceis, de sabermos que em nossa vida tudo tem a hora certa, que precisamos apenas ser sensatos, termos fé, o que nos anima, é saber que os obstáculos das nossas jornadas sejam amenizados pelo conforto das pessoas queridas que nos dão forças e nos auxiliam na caminhada.
Devemos então, seguir o caminho, tendo a certeza que nossa felicidade estará esperando por nós em uma das encruzilhadas de nossa vida e que por mais que pareça difícil, distante, inatingível, ela estará lá e cabe a cada um de nós encontrá-la. Por vezes parecemos alertas, mas deixamos de ver os detalhes que nos cercam, na busca incansável da felicidade passamos por ela e por mais que nos acene por mais que nos de sinais de sua presença, ignoramos, não nos damos conta disso.
Os rios nos ensinam muitas coisas, de como sermos persistentes em nossas buscas, de como tirarmos proveito dos obstáculos que encontramos pelo caminho, de nos aliarmos a outros para podermos chegar ao nosso objetivo final, de termos coragem de nos lançar no espaço sem saber o que nos espera no fim do precipício, mas acima de tudo, nos ensina que não importa o tamanho do sonho, o tamanho do objetivo, o tamanho do caminho que temos que percorrer para que possamos encontrar nossa felicidade, certamente nenhum deles será maior que o oceano, onde até os mais pequeninos rios, sozinhos ou com o auxilio de outros, conseguem chegar.
Adilson R. Peppes.