Chausson

Este palácio eu mesmo criei,

tão falso quanto as esmeraldas de suas paredes.

O que posso fazer, e não me agrada nem um pouco,

é ficar encerrado nessa torre,

fingindo ser um troféu de gosto duvidoso,

para qualquer doido que resolva vir aqui.

Me colocar na condição de indecifrável,

de esteticamente inusitado,

é cômodo mas mesmo em meu mundo,

há corvos e insetos cínicos

que insistem na verdade.

Estou muito longe do vilarejo.

O lugar onde as pessoas de verdade vivem e sofrem.

E por alguns momento são felizes.

Salve a santa ignorância.

Resta a solução final.

Uma mação, uma faca, um dardo,

um maçarico...

Vai se saber.....

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 01/12/2008
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