Real
Admito
que o sangue escoa
que o grito ecoa
que a lágrima escorre
Admito
que a lembrança é forte
que a dor é morte
que o corpo é torpe
Admito
que o olhar se perde
que a vontade emerge
que o desejo aflora
Admito
que o fogo arde
que a ilusão embala
que a lança sangra
Admito
que a esperança toca
que a razão eclode
que a resignação abranda
Admito!
Mas não possibilito!
(12-13/01/2005)