AS TAPERAS
Eu amo as velhas taperas,
os indícios da antiga casa,
as árvores frutíferas
que não puderam
seguir.
O mato crescendo
sobre os sonhos que ficaram;
os vultos
sob as sombras esquecidas,
o quintal coberto de folhas.
Onde houve vida
o silêncio se apossou de tudo;
o igarapé passa tranqüilo
igapó abaixo.
Extensas sombras,
logo mais à noite,
habitarão
os antigos quartos abandonados.