A dor de um homem

Abriram-se uma as portas do inferno

Conseguiram roubar a única riqueza de um homem

Uma riqueza que não se compara a riqueza alguma

Que vale mais do que o ouro e a prata...

Este homem, no entanto,

Vaga como uma folha seca no outono

Não consegue aceitar este fato, está fora de si

Chora, se martiriza, grita...

Podem crer que o que ele não faz é sorrir

Pobre homem...

Que ser cruel faria uma coisa parecida?

Ninguém quer passar por tal situação assim

A única razão da sua sobrevivência

É o amor por seus dois pupilos,

Aquilo que lhe permitiu viver até aqui

O pobre homem pensa até em fazer loucura

Pensa em tirar a própria vida

Diz ele, que é por causa dessa enorme ferida

Pois o terrível tempo não cura

A saudade bate em seu machucado coração

O pobre homem não agüenta

A lágrima que cai é de um pranto de emoção

É da lembrança dos seus filhos que ele se alimenta

Agora perdido e sem escolhas,

O homem põe-se a brincar com a morte

Chorando pela perda da sua riqueza

Já não acredita que o mundo possa dar voltas

Mas, acredita que um milagre contaria mais do que a própria sorte.

DiaNublado
Enviado por DiaNublado em 01/12/2008
Reeditado em 27/11/2010
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