Versos de controle
Nem a dor me desespera, apenas me machuca
e proíbe que eu gargalhe, mas não que eu sorria
e as lágrimas que eu fizer que sejam elas de alegria
para saberem de mim o poeta que sou nelas.
Feneça a raça e eu fique só
parindo os versos que me abraçam
quando há tristeza em minha face
e espinhos furando minha pobre alma.
Demore-me a vida e seja ela longeva
e todos os meus amores tenham a certeza
de que amei mais a eles que a mim
para sempre querer achar assim
os versos perdidos que rindo inda me chegam.