Vivo o que Penso
Sinto muito, cidadão!
Não escrevo o que as pessoas querem ler...
Quem manda na pena é minha mão,
Que transmite o que sai do meu ser!
Ás vezes eu posso até falar de amor...
Serão linhas específicas a uma pessoa...
Mas não me chateiem, por favor!
Eu escrevo o que no íntimo ecoa!
Amor... Não quero ficar escrevendo sobre isso!
Não quero escrever amor, quero vivê-lo!
Escrever é um compromisso
Com a alma que insiste em fazê-lo!
"Todo mundo gosta de ler sobre amor..."
Sinto muito, não sou todo mundo!
No mundo também existe a dor...
Meu amor, eu guardo no profundo...
Meu amor é raro e verdadeiro
Não distribuo as pencas pra todo lado!
Não faço do amor algo corriqueiro
Ele me torna viva, não um estrago!
Se falar de amor, falo do Amor Absoluto...
É desse que a humanidade tem precisado...
É por este que em utopia luto,
Pois ele liberta o encarcerado!
Não vou seguir regra, nem lei e nem moda...
Eu escrevo porque escrever liberta a alma muda!
Não me importo se incomoda...
Escrever é poder, e não uma fuga!
Não vou escrever sobre as coisas bonitas
O que é bonito é para se ver e sentir!
Não escrevo para destacar-me entre as favoritas...
Então, não adianta insistir!
O mundo é o lugar mais belo do universo
Merece ser constantemente admirado...
Não o transformo tão lindamente em verso
Pois a realidade não me deixa nunca enganado!
Eu escrevo sobre os sentimentos diversos
E pensamentos que ninguém quer admitir!
Eu os coloco entre meus versos
Para agradar, não vou mentir!
Fantasia cada uma tem a sua...
A minha guardo só pra mim!
Eu revelo a Alma Nua
Inconformada pedindo um fim!
Para esse fingimento e hipocrisia
Para o engano e o falso moralismo!
Quero ser o grito de heresia
Enfeiando seu falso realismo!