DIAMANTE E PÊSSEGO (são teus estes versos)

Dois poetas se olham

Os versos se beijam

Se tocam

Música de ninfas

Em celestiais jardins

Indiferentes ao tempo

Há nas palavras diamantes

Nas bocas suspiros

Sussurros

Entregas

Carícias

Delícias

Impassibilidades

De mãos apertadas dois vates

Em poemas se transportam

Se transformam

Sufocados desejos

Pecados

Transborda a taça dos enleios

Mordo o pêssego

Absorvo teu calor

Queimo

Ardo

São teus estes versos do absurdo