ZÉ FOGUEIRA
Zé Fogueira lá na roça,
pôs a cara na janela.
Viu o dia nascer bonito,
jogou um café na goela.
Sumiu por mato. Pra capina.
Antes do Sol torrar os miolos.
Ia no embornal umas coisinhas,
marrmita café e bolo.
Separou em casa pro natal,
um capado. O mais raiadinho.
Uns buguelos, e ajeitou uns mé,
pra oferecer a noite pros vizinhos.
Na volta resolveu dar uma passada,
na casa do Arlindo da Dona Naná.
Castigou "umas" no meio do peito,
voltou pra casa igual um gambá.
A mulher não gostou do desarranjo,
e aprumou o lombo do zé no cassete,
mas ruim da pinga como ele só,
desmaiou no sofá e nem sentiu o porrete.
Com essa o natal passou batido,
O Zé lá, imprestável e "arrumado"
A comida boa, os mé e o vinho,
pra ele ficou tudo desperdiçado.