ZÉ FOGUEIRA

Zé Fogueira lá na roça,

pôs a cara na janela.

Viu o dia nascer bonito,

jogou um café na goela.

Sumiu por mato. Pra capina.

Antes do Sol torrar os miolos.

Ia no embornal umas coisinhas,

marrmita café e bolo.

Separou em casa pro natal,

um capado. O mais raiadinho.

Uns buguelos, e ajeitou uns mé,

pra oferecer a noite pros vizinhos.

Na volta resolveu dar uma passada,

na casa do Arlindo da Dona Naná.

Castigou "umas" no meio do peito,

voltou pra casa igual um gambá.

A mulher não gostou do desarranjo,

e aprumou o lombo do zé no cassete,

mas ruim da pinga como ele só,

desmaiou no sofá e nem sentiu o porrete.

Com essa o natal passou batido,

O Zé lá, imprestável e "arrumado"

A comida boa, os mé e o vinho,

pra ele ficou tudo desperdiçado.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 30/11/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1310835
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