SILÊNCIO
SILÊNCIO
Quero de todos só que não me lembrem;
serei somente um vulto que passou na vida;
se a mim for concedido o esquecimento;
estarei para sempre livre e sem fantasias.
Ódio e amor, ambos nos procuram;
cada um a sua maneira nos oprimem;
se nos odeiam ou nos desprezam...
não menos o amor quando nos renega.
Quero da vida me sentir vazia...
na desarmonia do meu silêncio;
espelho que ficou inútil sem meu ser;
máscara que em silêncio chora para não morrer.
Sei que as palavras parecem estranhas;
confusas e desconexas como minha angústia;
escrever revolvendo o que está oculto
é como lançar seu temor no mar profundo.
Estou me equilibrando como posso;
estre os retalhos da vida que passei;
coração pulsando sem consentimento...
para o encontro eterno entre mim e Deus.
MÁRCIA ROCHA
29/11/2008