E as Aves

Estamos na casa, a água do silêncio, indistintos como se a noite iluminasse os olhos que não vêem mais que essa noite

e da memória adejam os dias à fonte dos sonhos. Um contrato de imagens por onde entra o mar em dedos vagarosos pelo

pórtico do vento.

Descrevo as palavras repetidas sob o tecto azulado dos terraços, invocar a beleza em suspensão dos bosques.

Uma casa assim e viver nela entre paredes abertas ao areal:

e. E sei que nada perdura

em definitivo, estas formas materializam a paisagem, o ar limpo e as horas e

a sombra vaga e tudo o que se insinua pela luz, sobre a água acesa, pressentida. E.

Mais que a névoa através dos vidros, o corpo como as aves elegendo o teu corpo e.

Com as aves em redor das veias.