De olhos abertos!


Bem podeis amordaçar-me!
Que me importa,
se estou viva
e tenho um coração que canta?
Bem podeis ir buscar cordas
e amarrar-me ainda mais,
que importa
se sou livre
e o meu espírito tem asas?
Bem podeis meter-me em masmorras,
nada importa!
Continuarei a gritar
que é meu o universo.
Bem podeis cortar-me a garganta,
nem isso importa!
À terra grande e livre
legarei meu corpo:
Morrerei de olhos abertos!

Maria Petronilho


De olhos abertos!

Bem podeis tentar cegar-me os olhos
pouco importa
as frestas da alma
não se fecharão jamais
nem as melodias
que de mim brotam!
Bem podeis sangrar-me as entranhas
a poesia
nunca
nunca mais !
Bem podeis tentar calar meu pranto
não secará
jorrará em cascatas
regando, adubando a terra
florescendo dia a dia
primaveras
campos de girassóis
de olhos abertos
virados para o céu!

24/11/08
Maria Thereza Neves


De Olhos Abertos
Ilze Soares

Bem podeis mutilar-me,
que ódio coração não abrigará!
Bem podeis encarcerar-me,
que meu pensamento é livre
e nada o aprisionará!
Bem podeis calar-me,
mas a poesia sempre surgirá
em versos que falarão por mim.
Bem podeis fazer o que quiseres,
meu corpo é frágil e não resistirá.
Mas meu espírito jamais dominarás!
Ele é livre e pode voar,
de olhos abertos para se encantar!


De olhos abertos...

Eu te amo assim de olhos abertos
para poder olhar cada canto
tocar cada espaço
medir cada centimetro

É bom estar de olhos bem abertos
quando juntos estamos
quando sózinhos ficamos
para poder te olhar

Mas naquela hora gostosa
em que unidos juntamos
todas as forças dos amor
não tem jeito eu me fecho

Fecho meus olhos
para sentir melhor e encantada
a doce magia de te ter
assim... de olhos fechados!

Estrelinha(SuDam)


De olhos abertos? Como?
Ruth Gentil Sivieri


No tresloucar da paixão

Já não tenho nem visão

E tudo é trepidação.

Os olhos que deveriam

Abertos ficar já nem abrem

Ficam somente revirados

Para o céu sempre voltados

E perdidos, sem a razão

Nessa doce confusão.



LIBERDADE

Que importa a venda
com que tentas tapar-me os olhos?
eu enxergo muito além
desta crua realidade,
e gritarei pra os céus
tudo o que tive vontade.
A minh’alma é livre e voa
liberta de algemas e correntes...
E meus versos falarão
quando as palavras calarem.

Helena Luna