Entre verdades e mentiras
E vai morrendo a verdade
Sem razão e dor alguma,
Tantas vezes ofuscada pela bruma
Das garras afiadas da maldade.
Mas a força de quem acostuma
Com o doce sabor dessa verdade,
Não se curva perante a insanidade
Que passa pelo certo, em suma.
A mentira transforma-se em tristeza
Mesmo quando nascida da beleza
De uma intenção de olhar belo e sereno,
A mentira traz no paladar que sinto
O sabor amargurado de vinho tinto
Misturado com um mortal veneno.