Não Rendas!
Não te rendas...
Assim toda coberta
a morte não tarda!
Não te rendas...
Aos poucos trocados:
aos miúdos que para os porcos
São sempre jogados.
Não te rendas...
Ao tédio da mentira,
porque para teu sorriso
só precisas de uma maçã.
Não te rendas...
Ao tempo passado
Cuja cortina não tem mais cor.
Não, não te rendas...
ainda poderemos juntos
Corrermos cansados
em busca do presente
galopando serenos,
dias claros,
noites insones...
nós dois teremos o futuro
que se abre sobre nossos olhos de céu.
Verônica Aroucha