Sonhar?
nem isso me é permitido...
nem que seja atendendo a um pedido...
deturpam-se palavras...
usam-nas com o arco invertido...
e se de amor eu falei...
serpente despertei,
cujo bote certeiro,
com um "enviar" te envenenou.
Posso falar de dor, mas jamais de paixão...
Que deslize, perdão!
recolho-me a minha solidão...
minhas letrinhas amontoando
pra gaveta voltando
junto a sentimentos que ali já estão amarelando.
Mas é pro teu sorriso retornar...
asas ao vento?
agora, só no meu pensamento.