Extremidade
Minha entrega devora seu limite
Meu peito flutua intrépido num infindo azul.
O céu, os mares e as estrelas estão em mim,
Tudo que é infinito se aloja dentro de mim.
Sigo assim sem término, sem final e sem medida,
Caminho entre a dor mais pungente e a euforia
Sou um louco bailarino, alegre, triste e poeta.
Ainda que tristezas e infortúnios me invadam,
Eu sigo em busca do gosto mais doce que o doce,
Em busca da nuvem mais açucarada pra poder descansar,
Em busca da boca mais macia pra flutuar dentro de um beijo.
Quero amor desmedido dentro do intimo de uma mulher,
Quero viajar com furor e doçura na casa do prazer,
Quero toda alegria até o ultimo riso,
Quero toda tristeza até a ultima lágrima.
Quero que minha plenitude ponha um fim nesse final,
E não peço perdão pela minha entrega,
Pois quero altas doses de todos os sentidos.
Thiago Cardoso Sepriano