CAFÉ NO BULE
A silhueta se esgueira na curva da estrada
De flores doloridas
De ilusões falsificadas
Ninguém sabe para onde vai a sombra
Sumindo na poeira levantada
Desce a manada
A tarde em agonia
O vaqueiro olha o horizonte e nos seus olhos se lê
A consciência inocente
na plenitude demente do curral
As paredes contam histórias sem retratos
A mesa em comunhão
Ilumina o pão o candeeiro
Os olhos da noite enganam os sapos
As saias suspendem o cheiro novo da manhã
Brotam crianças do barro
Ciscam as galinhas no terreiro
Venha tomar café