O PORQUÊ DA POESIA

Ela surge

E toma, de assalto

O meu pensamento

Apossa-se

Dos meus sentidos

Aporrinha

O meu sossego

Como tempestade,

Deixa minha alma

Inquieta

Chamá-la?

Não adianta...

Ela quer vir

quando quer...

Pensá-la?

Não adianta...

Ela se forma

Como bem quer...

Quando vem

Parece que sempre

Esteve na cabeça

Mas, presa,

Deseja escapar...

E enquanto

Não te dou a liberdade

Ó, poesia

Ficas a me massacrar!

E eu te crio

Para buscar a paz...

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 29/03/2006
Código do texto: T130441