O PORQUÊ DA POESIA
Ela surge
E toma, de assalto
O meu pensamento
Apossa-se
Dos meus sentidos
Aporrinha
O meu sossego
Como tempestade,
Deixa minha alma
Inquieta
Chamá-la?
Não adianta...
Ela quer vir
quando quer...
Pensá-la?
Não adianta...
Ela se forma
Como bem quer...
Quando vem
Parece que sempre
Esteve na cabeça
Mas, presa,
Deseja escapar...
E enquanto
Não te dou a liberdade
Ó, poesia
Ficas a me massacrar!
E eu te crio
Para buscar a paz...