Fio da meada
O meio fio da navalha
Cortou o fio da meada
Se juntou então agora espalha
Revirou e desvirou na noite da virada
Quem viu não entendeu nada
Quem errou nunca vê a falha.
Se calhar não dá em nada
Se revirar no fim estraga
Jogaram o que havia debaixo do tapete na privada
E deram descarga.
Perdi o fim da meada
Perdi o fim do mundo
Construí a própria estrada
E ainda errei o caminho e fui parar no fundo
Da fossa, da bossa, me coça as costas
Me joga pra fora do alcance do fio da navalha
Que corta o fio da meada bem no meio da estrada.
Se calhar não dá em nada
Peça pra que alguém traga
Um pandeiro e um violão
Pra tentar musicar essa poesia que se calhar vira uma canção.
25/11/08