Amarras
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Amarras
Busco ser o seu sentido
Busco ter o desmedido...
E nessa busca sem medida,
Eu me perco no meu vazio.
O ser é o seu nada, sei!
E o que sei é pura ilusão...
Não tenho o que desejo;
não toco o que vejo, tudo é vão.
Tentar fugir é outro primário erro.
Detrás do espelho, observe,
não existe nada além do vazio.
E é nele, no vazio, que me perco.
Perco-me nas divagações tolas;
perco-me na pieguice das firulas...
Por que me achar se a vida é erro?
Se é luta na qual não me atrevo?
Eu me transformo em todas as palavras
para dizer o singelo que me cativa.
Quero sonhar, sonhar um sonho simples.
Nada de extravagâncias, nada.
Sentir o toque da sua mão...
Perceber a felicidade do seu sorriso, tudo!
Um tudo doado da simplicidade.
Simplicidade que se expande e condensa.
Crato-CE, 24 de novembro de 2008.
22h52min
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