Entre labirintos sujos
maltrapilhos;mastigo suor fervido,
fim de noite,

onde estão o azul e o vinho
de borboletas
que aliviavam meus rancores?


Estridentemente triste
sol esnobe não se abre
para o ronco da manhã!

As paredes  nuas,gatos dizem
gozos nos telhados,
uivos de mocegos tecem lírios
negros;

Ah esse movediço blues!
Ninguém sabe dos meus atropelos
nem do meu nome
rasgado  estorquido dos
dicionários;

entre espelhos encardidos
miro dor ruidosa
que me adormece
amolece minha resistência:

melancólica tristeza me enlaça
numa dança corrosiva / repugnante.

Prof Sebah Andrade
Enviado por Prof Sebah Andrade em 25/11/2008
Reeditado em 10/11/2009
Código do texto: T1302055
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