ARIDEZ
Horas há em que a sensação do nada me atinge,
Sinto-me perdido em meio a pensamentos
Desconexos, sem sentido, a mim adventos,
Impressão de um deserto árido, no qual sou uma Esfinge.
Ser misterioso, calado, enigmático,
A mirar a imensidão árida do deserto estéril.
Enigmas que não posso decifrá-los
Apoderam-se de mim nesses momentos,
Todos são dúvidas, emaranhados sentimentos,
Que me atingem em sinais codificados.
Complicados para entender a sua essência
Fico aturdido por não decodificá-los.
Assim, como em tempestades de areia.
Sinto meu ser como a Esfinge pelo tempo desgastado.
Talvez um dia, antes de tornar-me areia.
Veja meu ser desses mistérios libertado.
28.03.2006