Palavra-vida
Lapidando as palavras vou
construindo os versos
da alma.
Mergulhando na essência
do substantivo, na
qualificação do adjetivo
e na conclusão
do ponto final.
Não final da poesia – esta é infinda,
infinita – uma constelação
de letras no céu do
pensamento.
A palavra viva que
move os sentidos,
retrata a dor da vida,
dos amores tardios.
Reflete do asfalto
a imagem opaca
da rosa nascida na
poluição da cidade,
no movimento do tráfego,
transformando-se
simplesmente em
palavra-vida.