RETOMADA
Esqueço as normas
Os ditames da arte
Desobrigando-me
Num verso meu.
O libertino há que voar
Num bater urgente de asas
E sumir-se no além.
Mas eu quero o resgate
A qualquer paga
Da ave ajustada
Na volta do oficio
Da busca de mim.
Serei as ordenadas
Batidas do pulso poético
Na certeza da fala
Do dia que esvai.
Num ímpeto arremato
E contento-me
Reabro as gaiolas de mim.