Miragem

Abro a janela que gosto ver raiar entre esplendores

De róseas manhãs agosto!

Que doce aroma de flores.

Que cheiro suave de mosto.

Perfuma as manhãs de agosto,

De enlevos, sonhos e amores!...

Que paz, que imensa doçura,

Por toda a parte murmura,

Nas asas frescas da aragem!...

E eu fico de olhos fechados,

Vendo os agostos passados,

Que hoje contemplo em miragem.

Teixeira Marques

Teixeira Marques
Enviado por Teixeira Marques em 24/11/2008
Reeditado em 06/12/2008
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