Miragem
Abro a janela que gosto ver raiar entre esplendores
De róseas manhãs agosto!
Que doce aroma de flores.
Que cheiro suave de mosto.
Perfuma as manhãs de agosto,
De enlevos, sonhos e amores!...
Que paz, que imensa doçura,
Por toda a parte murmura,
Nas asas frescas da aragem!...
E eu fico de olhos fechados,
Vendo os agostos passados,
Que hoje contemplo em miragem.
Teixeira Marques