Visão

A solidão nas horas vesperais

De funda nostalgia,

Em que se tinge o céu de um tom azul cinzento, quando no ocaso ainda

Ardem restos do dia e as águas

Vão contando o seu segredo ao vento ...

Horas em que no brejo a saracura esguia em trilos vai rezando um casto

Juramento e longe, longe um sino geme Ave Maria, e os astros vão-se abrindo à flor

Do firmamentos ...desfila minha alma triste procissão das saudades, visões e espectros quase vão descendo lá do alem, dos meus dias passados ...

Horas de desconforto horas cheias de azares, horas que vão fugindo ao longe, pelos ares levando em funeral os meus sonhos coitados !...

Teixeira Marques
Enviado por Teixeira Marques em 24/11/2008
Reeditado em 24/11/2008
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