Dinamismo Estagnado
Tem o ritmo
do sexo.
O balanço
do prazer.
Tem swing,
tem tesão,
tem meu ser,
meu coração.
Eterno som hipnótico
sondando asas de Ícaro
e derrubando lágrimas
incandescentes dos sóis
de dezembro.
Oásis, iglus,
e mentiras no devaneio
contadas por bocas,
palavras malditas;
garotas Malfaladas
Que coisa é isso?
que me distrai, me leva,
me balança e traz
de fronte à retina
coisas de cabeças
femininas.
É uma música
repetitiva e sempre
presente no nunca
ocorrido em passados
tão presentes;
futuramente serei o deus
de mim mesmo.
Somos deuses, colegas!
Somos toda a fala
de tudo, do mundo
e do momento que vivemos.
Novo, lúgubre
e libidinosos.
Rosas do mal
a exalar perfumes
desconhecidos
de temerosa e presente
sonolência nos anais
da literatura rejeitada.
Tem cadência, indolência.
Tem ciência e incoerência.
Vem do fluxo
sem controle como
o progresso destoado
de dissonantes solos
de usinas,
como os acordes
de Jimmy Page.
Tem dor,
prazer
e o saber
mais errôneo
das escolas mal pagas
de mendigos
ditos professores.
É o cantar dos
sábios que estão marginais,
e o calar dos asnos
que se enquadram
na vanguarda antepassada.