Compasso do esquisito
Bate, compassado,
coração humano,
esquálido.
Chora olho,
chora na
angústia do passado.
Vida, dia novo.
Chove, noite morre.
Sai, de noite, o sol.
Manhã na lua escorre.
Do avesso do esquisito,
do zumbido do mosquito,
vem o doce de teamos.
Em cordéis de violões,
concentrados no prazer;
a verdade do que somos.
Todos num
e um contido.
De luz pintam-se
espaços escondidos
no infinito.
Do breu queimam-se
estradas de
galáxias e alívios.
Onde estou,
que não percebo?
Onde sei,
não sei se existo.
É lá onde visito
a clareza do bonito.
Lacrimeja, lacrimeja,
vento, de ondas, munido.
Entendo o que não sei parar.
De ser deus, do não querer
mais que o poder de poder
esperar nossa vida se matar.
Nos sinais de psicose
lúcida na razão
de esquecer o porquê
que se fez isso em vão.
Que são? -
não se perguntem.
Sabem todos,
são palavras,
nada além.
Não calem bocas,
ceguem olhos,
ou neguem perdão
a alguém.
É um só coração,
do ridículo piegas -
solução de pedantismo.
E que acaba por ser só,
no poema líquido e vívido,
carnes foscas
de meu peito tão falido.