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Fogos de Artifício
São nuvens da infância,
Azuis como o riso,
Algodão no céu,
Doce paraíso.
A árvore dança
Com bolas de vidro,
Sem papai Noel,
Presépio ou sentido.
Renova a esperança
Ano colorido,
Fogo e povaréu,
Champanhe e gemido.
Bailarina cansa
Do róseo vestido,
Palanque e escarcéu,
Amores partidos.
Cortina balança
Sonho esmorecido,
Jogado ao léu,
Ideal perdido.
Retira a aliança,
Gostou do improviso.
Rasgou o papel
De amante e de olvido.
Meriam Lazaro
Euforia,
um alegrar efêmero
transborda em fascínio, magia
e coisas do gênero.
Um rio de luz
em cascata,
a ribalta dos olhos enfeita.
Pela alma se conduz
fios preciosos de uma prece
que eleita
se tece em nostalgia.
Reluz esperança
nas ilusões adormecidas
do olhar criança
que permanece
na alma da mulher crescida.