Acto final...
Quem é não sabe, nem quer saber...
Mas, que importa se a vida lhe doe?
Se ele está privado de viver,
num sonho, que ela própria destroi...
Num ápice esta vida acabou;
Duas palavras , final do acto;
Nesse palco apenas ficou,
uns traços leves, do seu retracto...
E neste palco duro da vida,
vagueiam sombras e seu destino;
É agora eco da ferida,
numa ária louca...em desatino.
As luzes da ribalta apagaram;
Jazem os acordes do piano...
Todos os actores já se calaram
e a voz do silencio, é soberano.
É silencio o que sente na alma;
É a triste sorte do abandono,
já nem a ovação o acalma,
porque sente a vida, sem retorno.
Foi uma triste história de amor,
que em sonho, no palco foi contada;
Realizada e vivida sem dor
e o palco queda agora...sem nada...
Sines - Portugal