ENGANO
ENGANO
Caminhos que não me levam;
caminhos desencontrados....
fuga de amor perdido...
Para sempre abandonado.
Terra que piso firme;
passos desordenados...
riscos exteriores da vida;
movidos descontrolados...
Sinto sem sentir o que sinto;
vejo sem saber o que vejo...
e nunca tão real quanto agora;
o engano que estranhamente sei.
Nada de meu não é meu...
sonho que sonhei não foi sonho;
se o mais certo é sentir...
sinto do teu abandono.
Nada quero para que me mova;
num mundo de coincidências;
se foi errado minha entrega;
de Deus peço clemência...
nos versos difusos e sem procedência.
No silêncio da eternidade infinita;
perdeu-se para sempre o segrêdo;
onde foi, porque foi, alma fria...
no deserto que me perdi no degrêdo.
Márcia Rocha
22/11/2008