Amor proibido

Ele é tão inocente, belo e ingênuo. Tão incoerente!

Ela é tão safada, gostosa, tarada. Tão incoerente!

Ele faz um biquinho, acredita que com um selinho pode “salva-la”.

Ela mete a língua na boca dele, enchendo de carne salivando desejos.

O anjo aperta as mãos da diaba, ela desliza as dela pelo seu corpo sarado.

Ele enche o rosto dela de beijos molhados. Ela lambe todo seu corpo suado.

O beijo mais intenso que ele já recebeu:

Ela agachada com o rabo arrebitado,

ele com as assas abertas;

as angelicais mãos acariciando os cifres.

E ele também a beija em sua natureza!

O beijo mais suave pelo qual ela já gemeu!

E as incoerências se amam!

Completaram-se aos beijos e abraços.

Escondidos atrás das árvores do bosque dos espírito...

Escondidos de nossos mistificados medos...

Amam-se livres da caretice de verdades arcaicas...

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