Manhã

                                        Manhã ...

            Da ranhura do papel
             Em limo camuflado,
             Na fricção secular das folhas
             Tocada de silêncio e penumbra,
              Graciosa qual inocente menina
                             A manhã!!!
              Ei-la! Traz na vasta cabeleira
              Um arco de ouro
              E posta-se à minha janela...
              Acolho-a em minha retina
              Absorvo-a gota à gota...!