Crepúsculo brasiliense
Cá, no planalto, quando a noite desce
E a tarde merencória desfalece,
O céu festivo e engalanado torna!
Raios de sol debruçam na colina
E, lassos, dobram do horizonte a esquina,
Levando a tarde sonolenta e morna...
E, enquanto a noite chega, o sol carrega
O dia nos seus braços, sem refrega,
E o céu rosado deixa, num afago!
Estrelas tremem, pálidas, no céu!
Veste a colina seu mais lindo véu,
Para se olhar no espelho azul do lago!...
Escrita em Janeiro de 1966.