Sangue Novo

Corta feito afiado fio

Por dentro do coração

Insiste em ferir nos dias nublados e frios

É amarga a solidão...

Deixa dúvidas

Na mesma direção da luz

E aves feridas

Também vêem o azul

Não dá pra ser mais claro

É como a metamorfose

Mudar é algo difícil e raro

Mas sem saída, me consome

A felicidade não é estado imaginário

Nem pra mim como à muitos como lugar soa

Eu a sinto de um modo contrário

No timbre da voz de estar com uma pessoa

Se os sonhos florescessem

Plantaria um jardim deles

E assim que crescessem

Distribuiria entre os seres

Existem um milhão de lendas

Mistérios, objetivos ocultos, pessoais, vertentes

Não peço para que me entendas

Peço para que penses

É como a nuvem

A nuvem de borboletas que vêm do horizonte

Por sobre as flores que defronte ao mesmo somem

Entrecortando, dançando a esmo da sorte

Dizem que o sol ta com preguiça

Por isso esse amarelo suave

Tingindo o céu com esse tom turquesa

Fazendo qualquer um acreditar em milagres

Solidão é um estado de espírito

Que você me mostrou que passa

Quando se acha alguém do seu tipo

Que talvez só a sorte ofereça

É não querer dormir

Pra pensar mais um pouco

É ter vontade de sorrir

Perder assim o sono de novo

No silêncio ensurdecedor

Matutina oferecida para buscar a paz

Nunca existirá dor

Jamais

Amando, como em um improviso de acordes

Sem medo de errar uma nota destacando-a

Assim como a si sei que podes

Amando sem sombra de improviso, felicidade pode ser!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 21/11/2008
Código do texto: T1296256
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