Sangue Novo
Corta feito afiado fio
Por dentro do coração
Insiste em ferir nos dias nublados e frios
É amarga a solidão...
Deixa dúvidas
Na mesma direção da luz
E aves feridas
Também vêem o azul
Não dá pra ser mais claro
É como a metamorfose
Mudar é algo difícil e raro
Mas sem saída, me consome
A felicidade não é estado imaginário
Nem pra mim como à muitos como lugar soa
Eu a sinto de um modo contrário
No timbre da voz de estar com uma pessoa
Se os sonhos florescessem
Plantaria um jardim deles
E assim que crescessem
Distribuiria entre os seres
Existem um milhão de lendas
Mistérios, objetivos ocultos, pessoais, vertentes
Não peço para que me entendas
Peço para que penses
É como a nuvem
A nuvem de borboletas que vêm do horizonte
Por sobre as flores que defronte ao mesmo somem
Entrecortando, dançando a esmo da sorte
Dizem que o sol ta com preguiça
Por isso esse amarelo suave
Tingindo o céu com esse tom turquesa
Fazendo qualquer um acreditar em milagres
Solidão é um estado de espírito
Que você me mostrou que passa
Quando se acha alguém do seu tipo
Que talvez só a sorte ofereça
É não querer dormir
Pra pensar mais um pouco
É ter vontade de sorrir
Perder assim o sono de novo
No silêncio ensurdecedor
Matutina oferecida para buscar a paz
Nunca existirá dor
Jamais
Amando, como em um improviso de acordes
Sem medo de errar uma nota destacando-a
Assim como a si sei que podes
Amando sem sombra de improviso, felicidade pode ser!