Traços

O mar ao fundo, esse cenário plasmado para dizer o infinito,

dizer ao vento que a vida desliza pelo areal, fim de tarde quando

a tarde é o fim

da névoa onde a noite transparente acolhe as luzes quase distantes.

Ninguém e o areal límpido e o silêncio límpido, o ar imaculado,

ninguém e tu e o brilho da nudez.

Desenhas na superfície a leveza do corpo, ficaram os traços nesse lugar ao som do mar,

ao som dos lábios,

ainda o rosto e os olhos

pousados na distância.