Poema 0256 - Perdidos

Perdi-me, não sei nem como começar,

falei de amor, falei de paixão, estou diferente,

perdi algumas partes do meu corpo também,

não sei por onde anda meu coração,

por onde for, saberei que você deve estar por perto.

Mostre-me suas fantasias, as mais improváveis,

quero ser o veneno que entra e sai do seu corpo,

o vício das suas noites insones, a cura,

preciso me sentir importante para seu olhar,

fica bem meu carinho no seu corpo, prove um pouco.

Nenhuma lágrima é livre de dores, mesmo no colibri,

suas asas param entre um e outro pensamento,

como se fosse fada, some, reaparece como se fosse luz,

não sei seguir sombras, nem ao menos sou mágico,

quero a brisa leve, o vôo rasante entre um e outro beijo.

Deixe que as cores dos céus se misturem entre si,

ficaremos em terra, por enquanto, lado a lado,

juntaremos nossas asas quando fizermos amor,

como em um poema, escreveremos em nós como livros,

deixaremos vestígios para que outros amantes nos sigam.

04/05/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 25/04/2005
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