In sanidade II

No arrebatamento que me toma

confiada ao seu engodo há tantos idos,

despejas demasiado violenta sobre mim,

complexa e lenta ruminação -

do que entender não posso.

Gritos surdos, desabrigados, insistem em enfiar as unhas na alma, dilacerando mundo.

Subindo a passos largos, num impulso agarra as mãos lugubremente em farrapos, iracunda.

Exasperava e me ascendia em vão, mergulhando nas garras da loucura.

Sobrepujar em eloquencia era apenas o reflexo do sofrimento e da dor, paridos todos.

kelen
Enviado por kelen em 21/11/2008
Código do texto: T1295105
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