A Rima
Dorme suave,
Deita travessa,
Escorre serena...
Mana de clave,
Doce riqueza,
Asa morena...
Turmalina minha,
Pedra bruta.
Alma abrupta
Que ri e caminha.
Raro veneno,
Afago, alento
De beijo e de pedra
Que o vento leva.
Ave Santa,
E calma menina;
Quando estanca
A escura neblina.
Ainda há relva
Naquela selva:
Despede-se a rima!